Cada encontro/conversa, escrito de forma improvisada e em desafio às convenções, convida à reflexão sobre a função, o mistério, e o impacto das expressões artísticas e culturais nas nossas vidas.
Histórias – Artes – Curiosidades
Histórias de Artes para a Curiosidade
13 de Janeiro a 10 de Fevereiro às 18h00
Espaço Biblos (Rua dos Bombeiros Voluntários 5) Fundão
13 de Janeiro – A Importância do Riso, Luciano Amarelo (Clown)
20 de janeiro – Porque se improvisa na Música?, Catarina Silva (música)
27 de janeiro – Ensaio e o Segredo., Rita Basílio (Pensar com Artes)
03 de Fevereiro – A Poesia não serve para nada!, Elisabeth Morão (Poesia)
10 de Fevereiro – Uma História da Utopia, pelos livros que li., Carlos Fernandes (Utopia)
A Importância do Riso
A figura do Palhaço resulta de uma herança ancestral das diferentes figuras fazedoras do Cómico e do Riso. O Clown – o Novo Palhaço – é a versão mais contemporânea desta figura que junta Circo e Teatro. O Riso é uma arma de Cura – logo uma ferramenta de poder pessoal.
Luciano Amarelo
Criador, Intérprete, Clown, Diretor e Formador Interdisciplinar.
Formado na École des Maîtres (Itália/Bélgica), na Escola Internacional de Teatro Jacques Lecoq (França), no Rose Bruford College (Inglaterra) e na Academia Contemporânea do Espectáculo (Portugal). Participou em diversos workshops nas áreas do Teatro, Movimento, Dança, Novo Circo (clown, corda, lençol e trapézio), Voz e Canto.
Dirige, Cria, Interpreta e/ou Orienta: criações, projectos e oficinas de formação para várias entidades que vão do Teatro Físico ao Circo, tanto em Portugal como no estrangeiro.
Membro-fundador e Director Artístico da ATO (Associação Terras de Ourondo), Covilhã. Membro-fundador, programador, encenador, intérprete e director artístico da Terra na Boca – Associação Cultural entre 2009 e 2016; e do Teatro Bruto entre 1995 e 2008 (Porto), Portugal.
Ao longo do seu percurso pessoal e artístico foi desenvolvendo cada vez mais projetos e ações que cruzam componentes artísticas, sociais e espirituais em união com a Terra.
Porque se improvisa na música?
A improvisação na música entrelaça-se com a génese da criação musical.
Desde os primórdios da busca pela organização dos sons, antes das possibilidades da notação, até à atualidade, após a massificação da difusão musical, o que nos faz procurar a criação espontânea?
Catarina Silva
Efetuou o seu percurso no ensino superior dentro da esfera da música dita erudita. Atualmente, a trompista conjuga a performance na sua área de formação com a criação de música improvisada, e com o ensino. Atuou, internacionalmente, em festivais de música lírica e sinfónica (Mediterranean Opera Studio and Festival, Esker Festival Orchestra, Aurora Music Festival). Da sua atividade recente, destaca-se a colaboração com ensembles da Artis XXI e com o coletivo Profound Whatever, bem como a participação no MIA – Encontro de Música Improvisada de Atouguia da Baleia e no Humanifest 2023. É membro de Arpyies, um trio de música improvisada composto por trompa, violino e guitarra elétrica.
Ensaio e transgressão
O que nos pode dizer a palavra «ensaio»? Que experiências e descobertas alimentam e potencia?
Partindo do livro que me ensinou o prazer de pensar ensaisticamente, abrem-se passagens breves à longa história do Ensaio, dentro e fora da Literatura.
Faremos perguntas sobre a necessidade (ou não) do ensaio: nas artes, na ciência, na vida (pessoal e intransmissível) de cada um de nós.
Na era da pós-verdade, falaremos do ensaio como compromisso e como transgressão.
Rita Basílio
Pós-Doutorada em Estudos Literários, pela Universidade NOVA de Lisboa, Doutorada em Literatura Portuguesa Contemporânea e Mestre em Estudos Portugueses, pela mesma Universidade. É investigadora da Universidade NOVA de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (NOVA FCSH). Trabalha nas áreas de cruzamento da Literatura e das Artes, nomeadamente no campo da investigação sobre a educação literária e artística. É autora, entre outros, dos livros Manuel António Pina – Uma Pedagogia do Literário (Sistema Solar – DOCUMENTA, 2017), Mário de Sá-Carneiro: Um Instante de Suspensão (Edições Vendaval, 2003). Coordena o projecto de investigação Por uma Pedagogia Criativa, em torno da obra infantojuvenil de Manuel António Pina. Coordena ainda, no âmbito da sua investigação, dois projetos pedagógicos: Motiv/Arte (Arte Cidadania), que visa promover a Literatura e as Artes no 1º ciclo do Ensino Básico e (no biénio 2021-2022) o projeto Confi/Arte: oficinas re-criativas − as Artes e a Educação para os Valores de Cidadania Global no século XXI (com o apoio da DgArtes). Tem publicados três livros para crianças: A Bela Desaparecida (Porto Editora, 2007. Prémio Literário Hans Christian Andersen, da Cidade Figueira da Foz), O Lápis Azul (Textiverso, 2008) e O País dos Homens Sábios (Textiverso, 2021). Escreveu também, em co-autoria com Gustavo Rubim, a peça de Teatro “Assim também Eu” (2010). Criadora e editora da Revista Dobra – Literatura Artes Design. É ainda autora de diversos artigos, publicados em revistas da especialidade, no âmbito da literatura portuguesa contemporânea e da promoção do livro e da leitura literária em estreita conexão com uma educação artística desde a infância
A Poesia não serve para nada
Fazendo uma breve resenha do que é a Poesia, porque surgiu, onde e quando, pretende-se mostrar que se tem perdido a noção da sua necessidade fulcral enquanto atividade artística e humana. De uma certa forma, pretende-se mostrar a sua utilidade/necessidade, mostrando a sua naturalidade e as suas potencialidades enquanto instrumento de comunicação, humanização e luta contra as opressões.
Elisabeth Morão
Docente de francês e inglês no Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto, na Covilhã, licenciada em estudos franceses e ingleses na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Mestrado em ensino de francês e inglês, versando sobre o papel das emoções nas aprendizagens (Brain-Compatible-Strategies).
Tem várias obras publicadas: Emoções, de Betty Blue, O Homem Maior, Corpo Manso Loucura Branda e várias colectâneas de autores lusófonos, na Lua de Marfim Editora, na Orquídea Edições e na Papel D’Arroz Editora. Tem participado na Revista do Grupo Poético de Aveiro, Na Praça Nova (revista literária na Guarda) e na obra conjunta de poesia em quatro línguas ibéricas, português, galego, castelhano e catalão, Verba Volant, com coordenação de Xavier Frias-Conde.
Participa em apresentações de poesia, nomeadamente duas no âmbito do SIAC (Mostra de Arte Contemporânea) na Guarda, dinamiza oficinas de escrita criativa, nomeadamente no âmbito do Festival Bliss – Ananda Marga e nas iniciativas da Beira Converge e Cultupia. Participou em várias mostras culturais no âmbito do Montefest. É uma das coordenadoras da revista literária Giesta do Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto.
Uma História da Utopia, pelos livros que li
Uma viagem através das grandes utopias que marcaram a literatura e o pensamento humano, onde exploramos as obras que moldaram nossa compreensão do que seria uma sociedade ideal – desde as visões clássicas de Platão até as utopias modernas e distópicas.
Carlos Fernandes
Diretor Geral da ARS. Gestor de empresas, exercendo sempre a sua actividade em diversas empresas multinacionais do sector segurador e financeiro. Desde 2008 é co-responsável pela gestão administrativa e Direção da Luzlinar (antecessora da ARS) e a partir de 2014 principal responsável pela profissionalização e implantação no território desta associação cultural, da qual é também Presidente da Direção. É bibliófilo, detentor de um importante catálogo, disponível ao público no Espaço Biblos, funcionando também como centro de documentação e agregando todos os processos de edição da estrutura.
Como produtor, diretor e autor de projetos culturais: 2010, Seminários Internacionais “Encontros Cinematográficos”; Projecto Pontes – Projeto cultural instalado no território, entre Fundão e Trancoso, financiado pela DGArtes; Projeto ARS – Estrutura de Investigação Artística e Cientifica. Como artista, trabalhou em teatro e cinema, tendo colaborado nas produções do Project~- estrutura de produção do Teatro Municipal da Guarda e Teatro Garcia de Resende, em diferentes produções como: Os Sobreviventes de Manuel Poppe, Querido Monstro de Javier Tomeo, São Francisco de Assis e Mundus Imaginalis num quadro de Van Gogh” de Vicente Sanches e Simplesmente Complicado de Thomas Bernhard, com direcção e encenação de Américo Rodrigues. É também autor e realizador de vários filmes como “A Batalha dos Montes” (com M. Lino), “Um bando de Passarinhos” (2008), “Dispersão” e ” Kommen und Gehen”, numa colaboração com um trabalho performativo do artista Carl Vetteer.